Escrever, para mim, é sempre um conflito.
Já tive muitos alunos que me perguntaram onde poderiam encontrar um livro onde houvessem as interpretações de mitos que tinham em aula. Outros, pediam-me para escrever um livro, mas a diferença se localiza em meu desejo de compreensão.
Para me fazer compreender, em minhas aulas ou no consultório, me utilizo do tom de voz, volume, gestos, expressão corporal...enquanto a palavra escrita é linear, a palavra falada permite diversas repetições; o que facilita uma compreensão em "rede", uma ligação entre os vários pontos, uma nova percepção.
Outra questão que também envolve a palavra escrita é a necessidade de se citar as fontes onde se baseiam certas informações. Nisto também existe uma dificuldade pessoal. Depois de 25 anos estudando psicologia e 31 anos estudando mitologia grega, quando se possui o péssimo hábito de emprestar livros que não são devolvidos, perdem-se as fontes (além da memória, é claro!). Então, possui-se uma idéia da informação, mas começa-se o enquadramento em conceitos de "ânimus negativo", não se consegue mais citar a fonte!
Então, escrevo de maneira informal, e peço que os interessados procurem as fontes, e mais: se acharem, por favor, me ajudem!
Então, estamos começando.
