Paciencioso, alternando entre grandes períodos de silêncio e alguns diálogos, para mim foi um grande mestre nestes momentos:
"Por mais que surpreenda a muitos que conviviam em terra com o querido Jorge Welp, ele jamais bebia no Mar. Da mesma forma, estivesse o calor que estivesse, jamais ia ao convés descalço, hábito que não consigo adotar; estou sempre de pés descalços, inclusive em terra. Tinha um defeito, porém: ele fazia xixi na borda do barco à noite. Até que um dia lhe pedi para não mais fazer assim; e o Joca aceitou. Ficou perfeito: cumpria como poucos as leis do Mar. Não precisava mostrar nada para ninguém. O Camarão era um cabra de fé, era um lobo do Mar."
Em:
O diário, as histórias e os versos do Comandante Aderbal Torres de Amorim
Obrigada, Comandante Amorim!